segunda-feira, 30 de maio de 2011

Cozinhando para os amigos!

Faz uma semana que eu combinei com alguns amigos de fazer um jantar para eles! Eu estava me coçando para usar as receitas e técnicas que eu aprendi nas aulas, e então com uma semana de antecedência comecei a planejar o cardápio.
Eram três pratos, entrada, prato principal e sobremesa.

Bom, já que eu já tinha o fundo de carne, encanei que queria fazer um consommé, que tinha ficado delicioso na sala de aula, e conversando com o meu professor, decidi, a entrada ia ser um consommé de boi com ovos de codorna fritos e baby rúcula!

Para o prato principal eu queria muito fazer um guisado, ou uma carne braseada (que não tem nada a ver com brasa, é uma carne ensopada), resolvi então fazer um raviolone, recheado com ricota, mussarela de búfala, semente de girassol e figo! E a carne, resolvi fazer um alcatra suíno que eu tinha no freezer.

E de sobremesa... eu tinha uns doces orgânicos de umbu que estavam aqui a um tempão, e eu ainda nem tinha feito nada com eles... pronto... tortinha de doce de umbu com sorvete de creme!

E... sábado de manhã cedinho, acordei para começar a farra na cozinha!

Por onde começar? Resolvi começar pela massa, que dá trabalho, tem que esticar, cortar, rechear...  Para a massa, escolhi farinha de grano duro, e a coisa toda já começou um pouco estranha, a receita tradicional
 que eu uso, que é para cada 100grs de farinha um ovo, ficou muito úmida, tive que colocar mais farinha, o Felipe (marido e ajudante de cozinha) começou a abrir a massa enquanto eu preparava o recheio, e,

ufa, abrimos a primeira folha de massa, e comecei a rechear, estava ficando lindo, quando eu percebi que o Felipe estava demorando demais para abrir a segunda folha... é... a massa estava super ressecada... farinha demais... tivemos que salvar a massa re-sovando com um pouco de água. Deu trabalho mas ficou muito bonitinha.

A carne foi simples, deu tudo certo, fiz como fizemos na aula ficou perfeita!

Então montei as tortinhas e pré assei para na hora só aquecer!

E deixei o consommé para fazer só um pouco antes dos convidados chegarem! Fui lá peguei o fundo de boi que estva congeladinho, descongelei lentamente na panela, e misturei o mirepoix às claras de ovos, o tomate, e a carne moída e botei tudo na panela, acontece o seguinte, se o consommé ferver, danou-se, ele turva, e a graça dele é ser límpido, translúcido e dourado, coloquei logo meu difusor de chama e fogo baixo na panela com o desespero para a temparatura não se elevar.

Bom... quase duas horas tinham se passado, e nada do caldo clarificar, tava feia a coisa, eu jurava que não ia dar certo... mas... de repente... eu olhei, e lá estava, totalmente límpido e lindo, cheiroso, aromático, enfim, assim como pode ser um consommé!


Consommé de boi com ovos de codorna e baby rúcula


Raviolone com recheio de ricota, mussarela de búfala, semente de girassol e figo

Tortinha de Umbu servida quente com sorvete de creme

Os convidados foram ótimos, trouxeram vinho que o Felipe (que além de ajudante de cozinha também é sommelier) sugeriu para harmonizar, e ajudaram a empratar, cortaram a carne, enfim! A gente sempre acha que tudo vai dar errado, e sai tudo certo!

segunda-feira, 23 de maio de 2011

No açougue...






Nesse sábado passado, resolvi ir ao açougue, depois de um longo ensaio, e, confesso, um pouco de preguiça de sair do roteiro do supermercado, eu resolvi ir atrás dos meus ossinhos para fazer um belo fundo de carne.

Um amigo meu já tinha me recomendado o açougue Tennessee, na Heitor Penteado, então, como era perto resolvi ir lá. Chego lá e descubro uma enorme fila, com senha e tudo, meu amigo também tinha me alertado sobre a fila, mas eu não achei que ia ser tão grande, tinha 15 números na minha frente, e pessoas apinhadas no balcão assistindo aquele espetáculo de limpeza e corte de carnes! Nas vitrines tudo muito bonito, com cara de carne fresquinha, bom, sem dúvida os produtos circulavam ali, sem produtos velhos! Mas de cara fui falar com um moço simpático no balcão : - Moço, o senhor tem osso de boi aí?, e logo ele perguntou : - Qual o tamanho do seu cachorro? Eu dei um sorrisinho e logo disse: - É pro cachorro não, é pra fazer caldo, tem osso cortado pequeno pra caber na panela? Ele logo se agilizou e comecei a ouvir o barulho da serra, fiquei espantada com a gentileza, já que o moço tinha falado que os ossos eram de graça, eu nem ia levar nada, mas a vitrine era muito tentadora. Contra filé, linguiças, toucinho, filé mignon, lagarto... tudo mais que você pode querer dentro de um açougue.



Logo o moço voltou, e eu ainda aguardava para ser atendida no outro balcão, naquela fila de senhas! Mas nem me chateei com a espera, tava tudo tão bonito de ver, e afinal de contas, não sei direito, mas acho que fazia mais de 10 anos que eu não entrava em um açougue!

Cheguei em casa com 7 quilos de ossos de boi, e 3 quilos de ossos de porco e fui direto pra panela fazer meu fundo escuro de boi, os ossos de porco eu congelei, uma coisa de cada vez!

E assim, cheio de sangue e sabor de fundo de carne de verdade, e nada de glutamato monossódico e outras bobeiras, começa meu blog!

Vai ficar para um outro post, mas vou colocar aqui passo a passo (com direito a fotos) como fazer essa belezinha de receita!